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Fernanda Torres ganha prêmio de melhor atriz em filme sobre a ditadura militar

Por Igor de Souza | 07 jan 2025

Fernanda Torres fez história ao se tornar a primeira brasileira a vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz em drama, por sua atuação no filme Ainda Estou Aqui. A obra, dirigida por Walter Salles, narra a história de Eunice Paiva, viúva do deputado federal Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura militar brasileira em 1971. O filme combina drama e história, retratando a trajetória de Eunice como advogada e defensora dos direitos humanos, enfrentando o luto e a repressão política em um período sombrio do Brasil.

Foto: Alile Dara Onawale/Sony Pictures

O longa explora temas como resiliência, justiça e memória histórica, destacando a luta de Eunice para manter viva a verdade sobre o desaparecimento de Rubens Paiva e sua contribuição para a democracia. Aclamada pela crítica, a interpretação de Fernanda Torres no papel principal não apenas marcou o cinema brasileiro, mas também revisitou momentos cruciais da história política do país. A narrativa oferece uma reflexão sobre os impactos emocionais e sociais da ditadura, trazendo uma mensagem poderosa e sensível que ecoa os desafios contemporâneos da democracia e dos direitos humanos.

SINDICATO DE LUTAS

Essa luta por memória e justiça se conecta diretamente à trajetória do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, fundado em 1963. Durante a ditadura militar, o Sindicato foi um símbolo da resistência e organização dos trabalhadores contra as injustiças sociais e políticas impostas pelo regime. O Sindicato desempenhou um papel crucial na organização de greves, manifestações e na defesa dos direitos dos trabalhadores, mesmo diante de forte repressão.

A “Greve de Osasco” de 1968 é um exemplo emblemático dessa resistência. Apesar de ser violentamente reprimida, com prisões e torturas, a greve tornou-se um marco na luta operária contra o autoritarismo. Tanto Eunice Paiva quanto o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco simbolizam a resiliência e a coragem diante da opressão, transformando histórias individuais e coletivas em ícones da luta por justiça e liberdade.

Juntas, reafirmam a importância de resistir em tempos difíceis e de preservar os valores democráticos, destacando como a luta pela memória e pelos direitos humanos pode moldar um futuro mais justo e igualitário.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #30