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Acidente com robô na Cinpal fere gravemente metalúrgico

Por Auris Sousa | 09 fev 2021

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Um acidente envolvendo um robô deixou um metalúrgico da Cinpal, em Taboão da Serra, gravemente ferido na quinta-feira, 4.  Em menos de um mês, este é o terceiro acidente grave que acontece na Cinpal e o primeiro na base de atuação do Sindicato com a presença de um robô. Nos três casos, assim que tomou conhecimento dos acidentes, o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região solicitou fiscalização com urgência à Gerência Regional do Trabalho, em Osasco, mas, até o momento, nenhum deles teve inspeção.

Segundo informações obtidas pelo Sindicato, o acidente aconteceu quando o trabalhador, de 42 anos, observava algumas peças que estavam esfriando no forno e foi atingido por carregador móvel robotizado e caiu numa repartição da máquina.

A empresa prestou socorro ao metalúrgico, que teve fratura na clavícula e corte no supercilio. O companheiro chegou a ficar internado na UTI, após melhora, foi transferido para o quarto e está em recuperação com um dreno no pulmão.

Demais acidentes

Em 15 de janeiro, na Cinpal, um jovem aprendiz, de 21 anos, sofreu acidente grave em um dos dedos da mão. Três dias depois, outro trabalhador, de 32 anos, teve parte do dedo indicador da mão esquerda esmagado. Os casos ainda estão sem a fiscalização.

O mesmo acontece com um acidente fatal ocorrido na Eirich, em Jandira. Nele, um metalúrgico morreu e outro ficou ferido, quando ao descer do Misturador, tropeçaram e caíram. Assim que soube do acontecido, em janeiro, o Sindicato entrou em contato com a empresa e pediu fiscalização com urgente à Gerência Regional do Trabalho, em Osasco.  Ela ainda não aconteceu.

Falta Fiscalização

Há anos o Sindicato denuncia a falta de fiscalização que é uma realidade nacional. Além disso, luta para que este cenário mude pela saúde física e mental da classe trabalhadora. Por isso defende o aumento do número de fiscais qualificados e cobra ações do Governo Federal para diminuir o número de acidentes que provocam amputações, mortes e doenças irreversíveis entre os trabalhadores.

“Não temos mais o Ministério do Trabalho, as Gerências Regionais estão sucateadas. O desmonte dos direitos dos trabalhadores também é sentido no número cada vez menor de fiscais do trabalho para investigar as irregularidades e acidentes de trabalho que acontecem nas empresas”, destaca o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

A fiscalização do trabalho existe para atuar no sentido de impedir, por meio da prevenção, que novos acidentes aconteçam, mas sem fiscais, não há fiscalização.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18