A Campanha dos Metalúrgicos 2018 está a todo vapor. Na quarta, 26, e quinta-feira, 27, o Sindicato, junto a outros 52 filiados à Federação dos Metalúrgicos, entregou a pauta de reivindicações da Campanha 2018 para os grupos patronais, nas sedes do Sindpeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Os patrões já deram sinais que as negociações serão difíceis e exigirão ainda mais mobilização e união da categoria, exemplo disto, o setor de autopeças apresentou uma contra-pauta.

A pauta de reivindicações dos metalúrgicos deste ano é de resistência e condiz com a palavra de ordem “Na Convenção Ninguém Bota a Mão”. O documento entregue aos patrões defende os direitos históricos já conquistados pela categoria, que estão sob forte ameaça desde a última campanha, em virtude da aprovação da reforma trabalhista. Outra preocupação da pauta é garantir que o Sindicato acompanhe as homologações para que trabalhadores demitidos não sejam enganados, a contribuição para o custeio sindical, proibir a terceirização nas atividades fins e o contrato intermitente, entre outros pontos.

Para que não ocorram retrocessos na categoria, é necessário fortalecer o Sindicato e intensificar a mobilização. “Precisamos fortalecer a nossa luta, intensificar a organização nas portas de fábricas, nas atividades do Sindicato, debater, esclarecer, discutir os nossos desafios e nossas estratégias de luta porque as negociações não serão fáceis”, alerta o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

Durante a entrega da pauta, o presidente da Federação, Eliseu Silva Costa, disse que a “expectativa dos trabalhadores é muito grande para tentarmos fechar a campanha até a data base. Esperamos fechar o mais rápido possível as negociações para passarmos tranquilidade para a classe trabalhadora. Sabemos do momento que vivemos e da responsabilidade de todos para tentarmos levar o melhor para os trabalhadores”.

Contra-pauta – Responsabilidade que o setor de autopeças quer diminuir, já que propõe retirar e reduzir garantias da Convenção Coletiva, tais como: reduzir o adicional noturno de 35% para 25%; reduzir a estabilidade aos trabalhadores de doença profissional. Os trabalhadores devem ficar em alerta porque, apesar dos demais grupos não terem oficializado o mesmo desejo durante a entrega, também vão querer achatar os direitos, e isso não podemos permitir.

Seminário – Para articular melhor a categoria contra a choradeira patronal, o Sindicato convoca os metalúrgicos da base para participar de seminário sobre o andamento da campanha. O encontro vai acontecer na sede do Sindicato, no dia 20 de outubro, a partir das 9h, e também vai discutir a situação econômica e social do país.