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Cresce pressão de metalúrgicos contra a reforma da Previdência

Por Mamuths | 01 fev 2018

Depois das fábricas de Cotia, Vargem Grande Paulista, Carapicuíba, Jandira e Itapevi, a pressão contra a reforma da Previdência chegou nesta quinta-feira, 9, às metalúrgicas de Alphaville, Barueri, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus. Companheiros de empresas, como Adelco, Zoppas, Wap Metal, Rossini e JL Capacitores, mostraram que os metalúrgicos vão lutar contra a retirada de direitos.

A ação, que faz parte do mutirão de assembleias contra a reforma, é organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, que tem orientado os trabalhadores nas portas das fábricas a defender seus direitos. “Se vocês não lutarem pelo que é de vocês, ninguém mais vai. Então temos que nos organizar e mostrar para este governo que não vamos aceitar esta reforma. Vai vim muita luta pela frente”, enfatizou o diretor do Sindicato Gilberto Almazan.

Graças à mobilização em frente as fábricas, os metalúrgicos têm tomado cada vez mais consciência de que a reforma proposta pelo governo Temer só prejudica os brasileiros. Para o Sindicato, as mudanças ameaçam o direito à aposentadoria e as garantias da seguridade social. “Esta reforma nos coloca a urgência da organização para enfrentar todas essas ameaças. Elas estão aí, vindo em ritmo acelerado”, destacou o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

Isso porque além de fixar uma idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e elevar o tempo mínimo de contribuição para 25 anos, a reforma também vai mexer no valor do benefício. Com o novo cálculo proposto, os poucos que conseguirem se aposentar terão um benefício ainda menor. Para conseguir uma aposentadoria de 100% o trabalhador terá que ter 49 anos de trabalho.

“É difícil, não sei se consigo chegar lá”, disse um menor aprendiz da Wap Metal. Para se aposentar aos 65 anos, ele terá que começar a contribuir com a Previdência com 16 anos e sem parar. Quase impossível nos dias de hoje.

As mudanças também preocupam quem está perto da tão sonha aposentadoria. É o caso de um companheiro da Adelco que acumula 31 anos de carteira assinada. “Estou pessimista. A gente começa a trabalhar certo e pensa que quando chegar numa idade vai descansar, mas não. Toda hora tudo muda. Quanto mais contribuo, mais longe fica a data da aposentadoria”, lamentou ele, que está prestes a completar 50 anos.

Um trabalhador da Zoppas compartilha do mesmo sentimento. “Sinto-me lesado, traído pelo governo. Entra uma pessoa lá que faz é piorar ainda mais a nossa situação”, queixou-se um metalúrgico da Zoppas.

Por esses e outros motivos, os metalúrgicos tem se mobilizado cada vez mais para dizer não à reforma da previdência e tomar as ruas, se preciso for, para barrar mais esse ataque aos direitos dos trabalhadores. “Com essa proposta não tem discussão, tem luta”, enfatizou a diretora Monica Veloso.

Acesse aqui e saiba com quantos anos você vai se aposentar, caso a reforma da Previdência passe no Congresso da forma que está. Para também do nosso mutirão de assembleias, na próxima quinta-feira, 16, ele vai acontecer em Osasco. Você também pode mostrar a sua insatisfação com a reforma nas redes sociais ou mandá-la por e-mail para os deputados e os senadores

Saiba como foi o mutirão nas outras regiões:  

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