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Mudanças no mundo do trabalho favorecem o assédio moral

Por Mamuths | 01 fev 2018

As mudanças no mundo do trabalho formam terreno propício para o assédio moral. É o que explicou a médica do trabalho Margarida Barreto durante o 37º Ciclo de Debates, que aconteceu na quinta-feira, 14, na Subsede de Barueri.

Margarida explicou que para se entender a questão do assédio moral, é importante, antes de tudo, compreender as mudanças radicais que o mundo do trabalho sofreu nos últimos anos, como por exemplo a reestruturação intensiva das empresas. “Exemplo disso é a redução do número de trabalhadores. Aqueles que ficam acabam sobrecarregados, realizando tarefas que corresponderiam a dois ou três funcionários”, ressaltou Margarida.

Tais mudanças afetam diretamente na forma com as pessoas se relacionam no ambiente de trabalho. Por isso que o ambiente fica cada vez mais suscetível para o assédio moral. Margarida explicou que esta prática “se caracteriza pelo encadeamento de propósitos e de atuações hostis que, quando tomados separadamente, podem parecer insignificantes, mas cujas repetições constantes têm efeitos bastante nocivos. Ele desestabiliza emocionalmente a vítima do assédio, destrói o coletivo e a rede de comunicação no ambiente de trabalho.”

Por isso que a especialista enfatizou que a luta contra o assédio “deve ser conjunta. Temos que dar visibilidade para este problema, escutar e compreender melhor o mundo do trabalho de hoje que na aparência parece ser maravilho, mas em que as relações de trabalho são as piores”.

Clique aqui e tenha acesso a apresentação sobre assédio moral, cedida pela médica do trabalho Margarida Barreto 

Segurança é fundamental –  João Donizeti Scaboli, da Força Sindical, ressaltou que “queremos emprego, mas com qualidade”, com segurança. Por isso que ressaltou a importância da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador sair do papel. Publica em 2011, a Política tem como objetivos a promoção da saúde, a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, a prevenção de acidentes e de danos à saúde relacionados ao trabalho.

Scaboli também ressaltou as ameaças que rondam a NR-12, norma que regulamenta uma série de adequações em máquinas e equipamentos para prevenir acidentes de trabalho. “Estão querendo derrubar a NR-12. Temos que reforçar a luta pela saúde e segurança do trabalhador. Essas políticas não podem ser ameaçadas, elas devem sair de forma efetiva do papel”.

Um companheiro da Regsa, disse que as palestras foram esclarecedoras. “Ótimas. Amplia o nosso conhecimento e ainda é um espaço para tirarmos dúvidas sobre os nossos direitos”, avaliou.

Uma companheira da Jas também achou o encontro produtivo. “Aprender sempre é bom, ficamos a par também dos riscos que corremos. Depois, o importante é repassar a informação para os companheiros da empresa”, disse.

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