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Mesmo sem consenso, reforma trabalhista avança no Senado

Por Auris Sousa | 24 maio 2017

Os senadores contrários à reforma trabalhista até tentaram impedir a leitura do relatório sobre o tema, mas na terça-feira, 24, mesmo após tumulto e bate-boca, o presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), Tasso Jereissati (PSDB-CE), anunciou ter considerado lido o parecer de Ricardo Ferraço (PSDB-ES). É mais um ataque contra os direitos dos trabalhadores.

Senadores contrários a reforma tentaram impedir leitura do relatório sobre o tema

A decisão, confirmada pela secretaria da CAE, foi tomada mesmo sem a efetiva leitura do texto, mas garantiu que a tramitação siga na Casa. No relatório, Ferraço recomenda a aprovação do projeto conforme o texto enviado pela Câmara, mas sugere algumas mudanças a serem feitas pelo governo no momento da sanção presidencial.

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Entre as sugestões de veto estão: a possibilidade de gestantes trabalharem em locais insalubres; possibilidade de acordo individual para a jornada 12 X 36; criação do trabalho intermitente; possibilidade de negociação do intervalo para almoço; e nomeação de um representante dos trabalhadores dentro das empresas; e revogação dos 15 minutos de descanso para mulheres antes da hora extra.

O texto pode ser votado na Comissão já na próxima terça-feira 30. Antes de ir ao plenário a proposta ainda terá de passar pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

Tumulto – O tumulto aconteceu depois de audiência pública, com a presença dos senadores e de especialistas. Num primeiro momento, o presidente da Comissão suspendeu a reunião, depois de minutos reabriu as discussões, que tornou a ser cancelada pelo calor das emoções. Depois de mais de uma hora de suspensão, Tasso considerou o relatório lido, concedeu vista coletiva e encerrou a reunião.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18