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Companheiro morre e outro fica ferido em explosão de forno na Itafunge

Por Auris Sousa | 02 jun 2016

Uma explosão num forno da Itafunge, em Itapevi, deixou um companheiro morto e outro ferido. O acidente ocorreu em 25 de maio no setor de fundição da empresa e matou Sandro Borges de Carvalho, de 25 anos, e causou graves queimaduras em Geraldo Gomes de Vasconcelos, de 53 anos, que está internado no Hospital Cruzeiro do Sul, em Osasco.

Forno explodiu e atingiu dois trabalhadores

Forno explodiu e atingiu dois trabalhadores

Assim que soube do acidente o Sindicato foi até a empresa para cobrar a CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) e entrar com pedido de fiscalização com caráter de urgência para a Gerência Regional do Trabalho. No entanto, a Itafunge só fez a CAT e a encaminhou para a nossa entidade na terça-feira, 31.

No documento, a empresa joga a responsabilidade do acidente nas costas do trabalhador que perdeu a vida. “O funcionário Sandro Borges de Carvalho estava trabalhando no processo de fusão do cadinho do forno e tendo-o carregado inadequadamente causou um resfriamento do ferro liquido superficial. Assim, gerou-se uma crosta que veio a explodir após alguns minutos atingindo-o pessoalmente”, diz a empresa na CAT.

Para o diretor Antonio Pina, torna-se cada vez mais comum as empresas jogarem a responsabilidade do acidente para o trabalhador. “A empresa precisa ter muito zelo ao procurar a causa principal ou as causas principais do acidente, porque assim evita futuros acidentes parecidos. As verdadeiras causas deste acidente só teremos depois de uma fiscalização bem feita por parte do Ministério do Trabalho”, explica Pina.

Enquanto isso não acontece, Pina ressalta que “quando um acidente acontece é porque o local de trabalho é inseguro e a empresa tem obrigação de corrigi-lo. Além disso, a empresa não tem Cipa, outro fator que mostra pouca atenção as questões ligadas a saúde e segurança”. 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18