O desabamento na Multiteiner, que matou nove pessoas e deixou outra 28 feridas, completou seis meses nesta segunda-feira, 20, e o pior: ainda está impune. O Sindicato cobra os órgãos competentes e exige que providências sejam tomadas.
“Desde o acidente de trabalho, a nossa articulação é para que os responsáveis sejam punidos e os direitos das vítimas e de seus familiares sejam assegurados”, enfatiza o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho).
Desabamento provocou a morte de nove pessoas
No entanto, as ações dos órgãos não avançam. Em 26 de janeiro, em reunião, o Superintendente Marco Antônio Melchior, o Chefe da Fiscalização, Antônio Fojo, e o Chefe da Seção de Segurança, Rodrigo, se comprometeram a enviar para o Sindicato o relatório de fiscalização do acidente, até final de fevereiro. Já passamos do dia 20 de março e isso ainda não aconteceu.
“Infelizmente, não podemos mais evitar as mortes que já aconteceram. No entanto, temos convicção que com o relatório, em mãos, podemos evitar que novos acidentes aconteçam e, claro, facilitar a busca das vítimas e seus familiares por seus eventuais direitos”, destaca o secretário-geral do Sindicato, João Batista.
O desabamento na Multiteiner aconteceu no momento em que Ely Santos e Jones Donizette faziam campanha eleitoral no auditório da empresa. O MPE (Ministério Público Eleitoral) em São Paulo propôs ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo uma Ação de Investigação
Judicial Eleitoral contra os dois candidatos. Para o MPE, o motivo da investigação é por abuso de poder econômico, já que as instalações da empresa foram utilizadas para reunião destinada à propaganda eleitoral durante horário de trabalho dos funcionários. A legislação eleitoral proíbe doação de verbas de pessoas jurídicas em campanhas eleitorais
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