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Espetáculo “Cobrasma 68: Máquinas Paradas” passa por Embu das Artes

Por Auris Sousa | 25 fev 2013

“Nossos braços cruzados. Suas máquinas paradas. Nem um acordo com o patrão”. É uma das músicas cantadas no espetáculo de rua “Cobrasma 68: Máquinas Paradas”, que foi encenada na sexta-feira, 22, e domingo, 23, na aconchegante praça central de Embu das Artes.

Com capacetes, bandeiras, escadas, quatro atores e um violão, a peça é inspirada em um dos principais acontecimentos do nosso país envolvendo trabalhadores: A greve de 68, deflagrada em Osasco por 12 mil metalúrgicos. Ela reúne questões como a tortura, repressão e o desabrochar dos trabalhadores para a mobilização, como a principal ferramenta ser utilizada para a conquista e ampliação de direitos.

Em meio às plantas da praça e o leve vento do cair da noite, sentada no banco Geni Dias Domingues assistia à peça acompanhada de seu filho, Daniel Dias Domingues, de 12 anos. Com os olhos fixos nos personagens e curiosa, soltava uma risada meio tímida. “Achei a peça interessante”, disse.

Para Daniel, “a peça é boa para aprendermos”. Mesmo com pouca idade, o pequeno garoto dá provas de que prestou atenção no desenrolar da história e que tem censo critico. “Ela [a peça] mostra que os patrões estão abusando dos trabalhadores e que eles devem se juntar para conseguir as coisas. Ensina a gente a lutar pelo o que queremos”, explicou.

A história de luta e resistência dos metalúrgicos em plena a ditadura militar vem renascendo nas ruas e praças da região de Osasco, e de forma cômica, sensível e por meio de trilhas sonoras convida os espectadores para relembrar ou conhecer um dos principais movimentos de luta dos trabalhadores.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18