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Vítimas da violência urbana têm cor e renda, mostram estudos

Por Auris Sousa | 13 maio 2015

Nesta quarta-feira, 13, completamos 127 do fim da Escravidão. Entretanto, mais de um século depois, o Brasil e o mundo não podem dizer que estão livres do trabalho escravo, do preconceito, da violência, que atinge principalmente jovens negros e pobres.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) estima que existam pelo menos 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado em todo o mundo, e no mínimo 1,3 milhão na América Latina. No Brasil, segundo o Ministério do Trabalho, 1.590 trabalhadores foram resgatados da situação análoga a de escravo, em 2014, em todo país.

Temos avanços, mas também temos retrocessos. Há meses, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, atendeu a um pedido de empresas da construção civil e suspendeu a “lista suja” do trabalho escravo. Nela eram listadas as empresas que praticavam trabalho escravo. Em março, o Ministério do Trabalho informou que a lista voltaria a ser pública, mas até o momento não foi divulgada.

Enquanto isso, e também na contramão da Lei Áurea. O relatório “Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014”, divulgado na quinta-feira, 7, mostra que a cor da pele dos jovens está relacionada ao risco de exposição à violência.

Segundo o estudo, os jovens negros são as principais vítimas da violência. “O panorama nacional apresenta uma taxa de homicídio entre jovens negros 155% maior do que a de jovens brancos, na evidência de como a violência tem sido seletiva no país e da necessidade de implementação de políticas públicas focalizadas para este grupo de risco.”

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11