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Sindicato propõe criação de grupo de trabalho para fortalecer a indústria

Por Auris Sousa | 28 set 2017

Osasco atravessa um momento fundamental para o seu futuro: a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento, que trata de todo o planejamento da cidade. O nosso Sindicato está envolvido neste tema, participando de audiências e reuniões de debates. Na última que aconteceu nesta quinta-feira, 28, o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan, propôs a criação de um grupo de trabalho especifico para pensar o fortalecimento da indústria.

Secretário-geral, Gilberto Almazan, faz propostas pelo fortalecimento da indústria na cidade de Osasco

“É um grupo para a gente pensar a indústria, trazer propostas para agregar ao plano diretor”, destacou Almazan. O grupo de trabalho, segundo ele, poderá ser formado por representantes dos trabalhadores de categorias que pertencem à indústria, dos empresários e do governo local. Sua missão será definir caminhos para o fortalecimento e manutenção da indústria em Osasco.

Isso se faz necessário porque há anos a cidade, que era conhecida como um polo industrial, tem perdido diversas industrias, e aos poucos se transformado em uma cidade dormitório. Segundo dados apresentados pela Prefeitura de Osasco, com base na RAIS, em 2015, o setor de serviços era responsável por 44% dos estabelecimentos na cidade, o comércio por 28% e a indústria por 12%.

“Não existe um país rico que não tenha indústria. Não existe um estado forte e rico que não tenha indústria. O mesmo acontece com as cidades, por isso não podemos permitir que a cidade de Osasco seja simplesmente transformada numa cidade dormitório”, enfatizou Almazan.

Participação popular – Para ter a cidade que queremos morar e trabalhar, todos devem participar do debate. Trata-se de organizar, com maior participação popular possível, sua expansão por diretrizes que pensem no trabalho, na economia, na habitação, na saúde, educação, na sustentabilidade, e tantos outros temas.

José Elias de Gois, presidente do Cissor, destaca a importância de envolver a população no debate

A dificuldade para desatar o nó que se tornou Osasco fica mais evidente quando olhamos para a mobilidade urbana. Atualmente, a maior parte da população está concentrada em pontos mais afastados do centro, onde é predominante a presença de empresas. Fator que dificulta o acesso da população tanto para o trabalho, tanto para o consumo. E o Plano Diretor pode e deve pensar nisso.

“Este é o momento de direcionar o crescimento e desenvolvimento da cidade, estimular a expansão da mancha urbana e o esvaziamento da zona central. Estimular também a atração de empresas em todas as regiões da cidade. Hoje a concentração de empregos, por exemplo, se dá no centro”, explicou o técnico Higor Rafael de Souza.

Por isso é importante que toda a população se envolva no debate, para que faça suas propostas. E o movimento sindical local tem dado o exemplo. Dirigentes sindicais de diversas categorias participaram da reunião de hoje, apresentaram as necessidades de suas categorias e já fizeram algumas propostas que podem fazer parte do Plano.

No encerramento da reunião, José Elias de Gois, presidente do Cissor (Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco e Região) considerou produtivas as contribuições oferecidas pelos sindicalistas. “Vamos discutir o destino da cidade de forma democrática e envolver a população neste debate, para construirmos uma Osasco melhor”, ressaltou.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18