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Metalúrgicos entregam pauta de reivindicações para os patrões

Por Auris Sousa | 09 set 2014

Com grito de guerra, faixas, bandeiras e muito barulho. Foi assim que os metalúrgicos compareceram nesta terça-feira, 9, em frente a Fiesp, na Av. Paulista para entregar a pauta de reivindicações da Campanha Salarial de 2014 aos grupos patronais. Dirigentes sindicais de 52 sindicato ligados a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, inclusive a nossa entidade, representaram a categoria num ato que deixou claro à disposição de luta pelo aumento real.

A nossa pauta já está nas mãos dos patrões da Fiesp (Federação das Indústrias do ESP), dos grupos patronais 2 (máquinas e eletroeletrônicos), 19-3 (laminação de metais, equipamentos ferroviários, balanças, artefatos de metais, condutores elétricos, esquadrias etc.), Fundição.

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Durante a entrega da pauta, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e o da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, Claudio Magrão, deram um recado para os patrões: a categoria não vai aceitar proposta sem aumento real. “Já sabemos a situação da economia, mas o bom senso deve prevalecer nas negociações, com um acordo que satisfaça a categoria e colabore com o fortalecimento da economia”, ressaltou Magrão, que também é vice-presidente do nosso Sindicato.

Para Magrão “este ano não vai ser diferentes dos outros: todos os anos os patrões inventam uma crise. Sabemos que a situação da economia está difícil, mas não é com a desvalorização dos trabalhadores que ela vai melhorar. Vamos organizar os metalúrgicos de todo o estado de São Paulo rumo ao aumento real”.

Miguel Torres concorda. “Todo ano os empresários jogam uma crise na mesa de negociação, mas isso não tem dado certo há muitos anos. Há 12 anos temos conquistado acordos com aumento real, graças à mobilização. Neste ano não vai ser diferente”, defendeu.

Torres ainda enfatizou que “o empresário que achar que tirar o aumento real dos trabalhadores vai ser bom, está enganado. Porque o trabalhador quando tem ganho real vai até as lojas e compra, isso faz com que a economia gire”. Mas para conquistar as reivindicações da pauta, os trabalhadores não podem ignorar as choradeiras dos patrões.

“Temos que ser fortes para conquistar o nosso aumento, fortalecer a indústria e assegurar as nossas cláusulas sociais”, finalizou Miguel.

O secretário-geral da Força Sindical, Juruna, apontou que é necessário os metalúrgicos e sindicatos estarem unidos para fortalecer a pauta de reivindicação. Além disso, falou que desde junho os números da economia apresentam melhoras. “É importante ver o conjunto para enxergarmos o aumento real e repor as cláusulas sociais. A Federação tende a unificar a nossa luta com os companheiros de outras categorias que também estão em negociação neste segundo semestre”, explicou.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18