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Renovação de frota automotiva pode gerar mais de 500 mil empregos

Por Auris Sousa | 27 jan 2016

A renovação da frota veicular no Brasil pode ser uma solução para a geração de empregos e para as montadoras driblarem a crise econômico. Essa foi uma das constatações da reunião que aconteceu na terça-feira, 26, na Federação dos Metalúrgicos de São Paulo. O programa, em construção de forma tripartite, pode criar 517.400 empregos só no setor automotivo, segundo a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuidores de Veículos).

Sustentabilidade-veicular-txtDesde o ano passado, dirigentes sindicais, incluindo o nosso presidente Jorge Nazareno, debatem a aplicação deste programa como instrumento para vencer a recessão econômica e o desemprego no país. “O programa tem um grande potencial. Ainda precisa de ajustes, acertos para então ser implementado. Enquanto isso precisamos discutir uma forma para que ele não fique só nas intenções e realmente saia do papel”, explica Altair Garcia, técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). 

Segundo ele, ainda é cedo para afirmar quais veículos serão tirados de circulação, e a forma com que isso se dará. No entanto, garante que o mercado e o meio ambiente só têm a ganhar. “É claro que uma meta deverá ser estipulada para o número de carros que serão reciclados. E o governo terá que garantir que os novos carros realmente sejam menos poluentes”, avalia ele que aponta que iniciativas semelhantes já existem no Japão, na Alemanha e nos Estados Unidos.  

Na quinta-feira, 28, os conselheiros do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) vão tomar posse e já devem iniciar as discussões sobre a renovação da frota. “O ‘Conselhão’ vai se reunir nesta semana e deve acertar os detalhes do programa, têm muitos aspectos que precisam ser ajustados, os quais precisam da consonância de todos”, conta Garcia.

Todos ganham – Os benefícios do programa ultrapassam o setor automotivo. Além de ter potencial para colocar 500 mil veículos novos no mercado por ano, a medida também surtirá efeito em outras categorias. Vai gerar mais de 3 milhões de empregos, sendo que 1.705.585 só no setor de transportes, 1.807.041 nas concessionárias, 512.186 nos bancos, 87.874 nas mineradoras, e 37.529 nas seguradoras.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18