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Pela Verdade sobre a ditadura em Osasco

Por Auris Sousa | 29 jul 2014

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Consideramos um grande passo o compromisso firmado pelo prefeito de Osasco Jorge Lapas diante da membro da CNV (Comissão Nacional da Verdade), Rosa Maria Cardoso, para que a cidade tenha em breve uma Comissão Municipal da Verdade.

Como disse um dos militantes da Greve de Osasco Roberto Espinosa, no encontro na sede, na quinta-feira, 24, esta foi a cidade que, proporcionalmente a sua população, mais teve vítimas da ditadura militar. Relatos de militantes da greve são frequentes em afirmar que na sequência à repressão a Greve, o que se via eram caminhões militares repletos de trabalhadores, que foram empilhados nos porões de locais como o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), para lá serem torturados.

Na região, existiram outros porões da ditadura, como uma casa em Itapevi, que era usada como local de tortura.

A CNV já identificou a colaboração das empresas com o regime e o fato de, por exemplo, documentos, como as fichas de registros de empregados, terem ido parar nos arquivos da ditadura. Outros formatos de colaboração eram as listas sujas, militares eram chefes de segurança em algumas empresas. É preciso verificar a existência desses instrumentos de perseguição nas metalúrgicas da cidade naquele período.

Fatos que precisam ser investigados, para que os jovens conheçam essa história e para que se lute por Justiça e reparação às vítimas.

Jorge Nazareno

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região

[email protected]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18