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Negros e pardos ganham, em média, 40% menos que os demais, diz Dieese

Por Bianca Silva | 21 nov 2024

Os trabalhadores pretos e pardos do Brasil têm um rendimento mensal, em média, 40% menor do que os trabalhadores não negros. A desigualdade consta no boletim especial do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada na terça-feira, 19, que antecedeu o Dia da Consciência Negra.

A diferença é sentida até mesmo quando a pessoa tem ensino superior. Os negros com ensino superior ganham 32% a menos que os demais trabalhadores com o mesmo nível de ensino. Segundo o boletim, “historicamente a situação da população negra é pior do que a do restante da população, um resquício da escravidão que ainda se mantém na sociedade. O mercado de trabalho talvez seja um dos meios onde a discriminação racial seja mais evidente”.

Marcha da Consciência Negra – Foto: Agência Brasil

De acordo com o levantamento, os negros recebem, em média, R$ 899 mil a menos que os não negros ao longo da vida laboral. Entre os que possuem ensino superior, o valor chega a R$ 1,1 milhão.

Quando o recorte se dá por gênero, as mulheres negras são ainda mais penalizadas. Em cada seis mulheres negras, uma trabalha como empregada doméstica. O rendimento médio das domésticas sem carteira é R$ 461 menos que o salário mínimo, que hoje está em R$ 1.412.

Para ter acesso ao boletim especial completo, clique aqui.

 

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