A força das mulheres foi sentida e reforçada nesta quarta-feira, 16, quando aconteceu em Brasília a 7ª edição da Marcha das Margaridas. As diretoras do Sindicato Etelvina Guimarães (Teca) e Creusa de Oliveira estavam entre as mais de 100 mil mulheres que manifestaram por uma ampla pauta, que inclui a luta por direitos, por saúde, por educação, por terra, e pelo fim da violência contra as mulheres.

Creusa e Teca na Marcha das Margaridas [Foto: Gleides Sodré]

Teca e Creusa fizeram parte da Comissão de dirigentes da Força Sindical. Num ônibus, elas partiram rumo a capital do Brasil com a missão de cobrar melhorias para as mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades. Nesta edição, o lema da Marcha foi “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.

Comitiva de dirigentes da Força Sindical

“A sensação é única. Participar desta Marcha com milhares de mulheres de todos os lugares, unidas e defendendo a mesma coisa foi muito especial. A nossa força foi reforçada”, destaca Teca.

Para Creusa, “foi lindo ver todas reunidas pelo mesmo objetivo. Voltei de lá ainda mais empoderada e confiante da nossa força”.

Lula e as Margaridas            

reforçou o compromisso do seu governo com a pauta das mulheres e assinou vários decretos [Foto: Agência Brasil]

No ato de encerramento da Marcha, o presidente Lula reforçou o compromisso do seu governo com a pauta das mulheres e assinou vários decretos. “É uma alegria enorme estar aqui mais uma vez. A felicidade é ainda maior por poder assinar, na frente de todas vocês, esses atos que convergem para a autonomia e inclusão produtiva das mulheres rurais. A retomada da reforma agrária com atenção especial às famílias chefiadas por mulheres. Os quintais produtivos para segurança alimentar e nutricional. O estímulo maior à agroecologia para produção de comida de verdade, saudável, sem agressão ao meio ambiente. O acesso à terra, à titulação, ao crédito, equipamentos e todo apoio necessário para plantar e produzir cada vez mais. Prioridades definidas por vocês, demandas que temos o prazer de atender, para que as mulheres do campo, floresta e águas possam viver com dignidade, tendo assegurados seus direitos civis, políticos e sociais”, disse.

Entre os decretos, estão:

– Instituição do Programa Quintais Produtivos para Mulheres Rurais;

– Decreto sobre seleção de famílias e retomada da reforma agrária;

– Instituição da Comissão de Enfrentamento à Violência no Campo;

– Instituição do Grupo de Trabalho Interministerial para o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural;

– Instituição do Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para as Mulheres Rurais;

– Instituição do Pacto Nacional de prevenção aos feminicídios;

– Retomada da Política Nacional para os Trabalhadores Rurais Empregados;

– Retomada do programa Bolsa Verde, de apoio à conservação ambiental.

Saiba – A origem do nome refere-se à líder sindical Margarida Maria Alves, da Paraíba. Em 1983, ela foi assassinada, devido à sua atividade em defesa dos trabalhadores do campo.

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Demais fotos: Agência Brasil 

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