O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco percorre fábricas desde o início de fevereiro, realizando mutirão de assembleias para debater a reforma da Previdência. A ação distribui jornal produzido pela entidade, visando levar às bases o debate sobre a PEC 287.

A Agência Sindical falou com o secretário-geral da entidade, Gilberto Almazan. Ele destaca que o clima nas empresas é de total revolta ante a proposta. “Dificilmente encontramos trabalhadores com mais de 60 anos no setor. Ao conhecerem as mudanças, que inclui 49 anos de contribuição, eles já sabem que a aposentadoria fica quase inviável”.

Gilberto também fala que muitos reclamam da regra para as mulheres, que, além da equiparação com os homens na idade para se aposentar, terão que optar pela pensão ou aposentadoria.

Além da ação junto à base, o dirigente diz que a entidade está empenhada em pressionar parlamentares para que a reforma não se concretize como está sendo imposta. “Resistiremos e combateremos de todas as formas essa proposta. Para isso, seguiremos mobilizando os trabalhadores e pressionando parlamentares por mudanças no projeto”, diz.

Greve geral – Indagado sobre a possibilidade de uma greve geral, Gilberto avalia que o principal entrave a um movimento desse porte é a crise econômica. “Essa é uma dificuldade grande, porque, diante da crise e do desemprego, os trabalhadores se sentem acuados. Porém, no que depender de nós, estaremos em todas as manifestações contra a reforma, inclusive no protesto marcado para o dia 15 de março”.

Mais informações: www.sindmetal.org.br [Fonte: Agência Sindical] 

O mutirão de assembleias contra as reformas trabalhista e da Previdência chegaram às fábricas de Embu das Artes e Itapecerica da Serra na quarta-feira, 22