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EDIÇÃO # 09
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Em encontro no BNDES, Mônica Veloso debate projeto de Brasil para 2035

Por Cristiane Alves | 27 mar 2018

Diante de lideranças, Mônica cobrou trabalho decente

A vice-presidente do nosso Sindicato, Mônica Veloso, participou, na terça-feira, 20, da Conferência Visão 2035: Brasil Desenvolvido, promovida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Mônica representou a Força Sindical no evento, que discutiu políticas públicas e estratégias para que o Brasil passe a ser considerado um país desenvolvido no ano de 2035. 

A Conferência reuniu representantes do governo, centrais sindicais e empresariais, que conheceram o documento resultante de um debate técnico realizado em 5 de março, entre 145 representantes de mais de 60 instituições. O documento apresenta cenários possíveis e agendas setoriais para alcançar a meta. No cenário ideal, o Brasil cresceria 3,9% ao ano, até 2035. Para isso acontecer, na área de mineração e metalurgia, por exemplo, seriam necessários investimentos entre R$ 13 e R$ 20 bilhões ao ano, além de crescimento de consumo de 7%.

Porém, Mônica enfatizou que não é possível pensar somente em números e resultados que interessem aos empresários. “Não tem como falar em desenvolvimento se não falar em capital humano, nos trabalhadores. Qual é o futuro do trabalho? Se os empresários estão falando que é o trabalho intermitente, não concordamos”, defendeu Mônica no encontro. 

Em conjunto com as centrais, a Força Sindical apresentou preocupações em relação ao momento das relações de trabalho e das políticas públicas, que comprometem qualquer possibilidade de alcançarmos um estágio de desenvolvimento. “É difícil projetar um país desenvolvido quando você tem o corte de 20% dos recursos para Saúde e Educação e um problema crônico de analfabetismo funcional”, detalhou Mônica. 

As centrais ainda estacaram a necessidade de ampliar as condições de qualificação dos trabalhadores para que sejam capazes de se empregar na indústria 4.0, focada na tecnologia, especialmente na inteligência artificial. “O BNDES não pode pensar em desenvolver nichos que só pensam em desempregar”, reforça Mônica. [com CNTM e BNDES]