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Sindicato é tema de pesquisa de estudantes da Unifesp

Por Mamuths | 01 fev 2018

Um grupo de estudantes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), campus Osasco, vai mergulhar neste segundo semestre na história do Sindicato. Para que os universitários possam iniciar o projeto, sob orientação do professor Murilo Leal, o vice-presidente do Sindicato, Carlos Aparício Clemente, os recebeu nesta quinta-feira, 1º, na sede para um primeiro bate papo sobre a nossa entidade.

“O objetivo deste primeiro encontro é conhecer melhor os problemas da atuação sindical no ramo metalúrgico na região, destacar um problema específico e oferecer alternativas como conclusão da pesquisa”, explicou professor Murilo.

Clemente fez questão de contar a história dos 53 anos de luta do nosso Sindicato. Também falou sobre os avanços tecnológicos e suas consequências para a região de Osasco, para a vida do metalúrgico, que há anos está entre os trabalhadores mais afetados pelos avanços desenfreados do capitalismo.

“O perfil das metalúrgicas era diferente. Antes tínhamos sete empresas com mais de mil trabalhadores, sendo que duas delas tinham mais de 5 mil trabalhadores. Aqui na cidade também tínhamos fabricação de plástico, de cerâmica, mas acabou. Osasco corre risco de virar uma cidade dormitório”, explicou Clemente.

Neste primeiro encontro, os estudantes já perceberam que a narrativa da cidade tem sofrido uma drástica mudança. “Cobrasma chegou a ter 6 mil funcionários. A chegada e saída dos materiais se dava por linha férrea. O que hoje é centro, no passado era o point das indústrias”, destacou Clemente.

Realidade que afetou diversas categorias na região de Osasco, como trabalhadores químicos, da indústria de cerâmica, além dos metalúrgicos. Isto porque o processo de desindustrialização colaborou para o fechamento e transferências de grandes indústrias da região para o interior e até mesmo para fora do Brasil.

“Hoje o custo de você manter o espaço para a indústria, para fabricação industrial muitas vezes não compensa. Com isso você vai abrindo a possibilidade dessa expansão imobiliária a todo custo. Então há um problema real, que já estamos enfrentando: de grandes empresas virarem médias empresas, de média virar pequena, de pequena virar minúscula”, resumiu Clemente.

Projeto – O estudo faz parte da disciplina “Compreensão da Realidade Brasileira”, na qual os estudantes vão desenvolver uma pesquisa sobre o Sindicato. Ela faz parte de um projeto sobre entidades e instituições representativas de poderes ou segmentos sociais de Osasco e região, como Prefeitura, CIESP-Castelo, Movimentos Sociais, Associação Comercial.

“Temos o maior interesse nesta aproximação, diretoria, trabalhadores e a região só tende a ganhar”, destacou Clemente.

Fórum de Desenvolvimento discute transformação na região 

Assista abaixo ao Visão Trabalhista Entrevista que abordou a atuação do Fórum Regional de Desenvolvimento. Na ocasião,  Gilberto Almazan (representante dos trabalhadores) e Manoel Domingues (representante das empresas), explicaram que o objetivo do Fórum é debater uma série de questões que envolve a região, como a questão da mobilidade urbana, empregos e o processo de desindustrialização

 

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