A organização dos trabalhadores têm sido desde a década de 40 uma poderosa ferramenta de transformação social no Brasil, e marcaram a história do país com conquistas que vão da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) até a política de valorização do salário mínimo. Este processo de luta se mantem forte até hoje, quando os trabalhadores buscam, principalmente, defender seus direitos ameaçados com a nova legislação trabalhista, que entrou em vigor no sábado, 11.

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Para detalhar mais sobre a importância e desafios da organização sindical dos trabalhadores, nesta semana iniciamos uma série de reportagens especiais, que reúnem texto, entrevistas, e galerias de fotos. Nesta semana, explicamos para você o surgimento e desenvolvimento do movimento sindical, bem como as principais conquistas dos trabalhadores e desafios.

Em entrevista para o #VTEntrevista, o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan, e o historiador e professor do Dieese, Samuel Fernando de Souza, mostraram que o movimento sindical é crucial para a organização dos trabalhadores e a construção de um processo democrático. Diferente do que boa parte da população acredita, a CLT não foi dada de mãos beijadas para os trabalhadores. “É resultado de um longo processo histórico de luta dos trabalhadores”, enfatizou Souza.

Graças à esta luta aconteceu também a regulamentação do movimento sindical, que fortaleceu ainda mais a mobilização dos trabalhadores, ameaça com a nova legislação, proposta pelo governo Temer. “Ela veio para destruir ou amarrar a organização dos trabalhadores”, alertou Gilberto Almazan.

Para isso, uma das estratégias do governo Temer é acabar com a contribuição sindical, mas para quem isso interessa? “O que fizeram foi desigualar muito: retirar a organização dos trabalhadores e deixar os empresários fazerem o que bem entende. E, para nós, isso é um retrocesso muito grande”, observou Almazan, que também pontuou a maior conquista dos trabalhadores. “Desde 78, a convenção coletiva foi a maior conquista da organização sindical dos trabalhadores, a qual não podemos perder e estão querendo retirar da gente”, destacou.

O dirigente sindical explica que “a redução da jornada para 44 horas, a estabilidade para o acidentado, a remuneração de férias existiu primeiro na convenção coletiva e depois foi conquistada na legislação”. Itens que com o passar dos anos foram melhorados nas convenções, graças à atuação dos trabalhadores. Isso deixa claro que a nova legislação vem para retirar direitos.

Assista ao VTEntrevista: 

Especial: Desafios para a organização dos trabalhadores (Bloco 1) 

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Especial: Desafios para a organização dos trabalhadores (Bloco 2) 

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Especial: Desafios para a organização dos trabalhadores (Bloco 3) 

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Acompanhe – Esta é a primeira edição da série de reportagens especiais feita pelo Sindicato para destacar a importância da organização sindical dos trabalhadores. Nas próximas semanas vamos abordar as principais conquistas asseguradas pela convenção coletiva, as quais correm sérios risco com a reforma trabalhista.

Veja também: 

Especial sobre os 50 anos de atuação do Sindicato 

Especial da Comissão da Verdade 

Ambos especiais também ajudam a contar a história da organização sindical dos trabalhadores