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Reforma prevê igualdade em mercado de trabalho desigual

Por Mamuths | 01 fev 2018

Com a justificativa de ser essencial para as finanças públicas, a reforma da Previdência pretende trazer igualdade em um mercado de trabalho desigual. Este foi um dos pontos levantados nesta quarta-feira, 8, no mutirão de assembleias que aconteceu nas fábricas de Carapicuíba, Itapevi e Jandira.

Enquanto a proposta é fixar a mesma idade mínima de aposentadoria para ambos os sexos, as mulheres ainda ganham menos que homens, mesmo desempenhando a mesma função. “É um cúmulo, estão rebaixando cada vez mais as mulheres. Estamos sendo deixadas para trás, já trabalhamos o dobro que os homens, se contar o trabalho de casa e com as crianças”, criticou uma trabalhadora da Nyaço.

Ao mesmo tempo, os jovens, grupo mais afetado pelo desemprego, têm dificuldades para se manter no mercado de trabalho. Na mesma direção estão as pessoas mais velhas que terão que estender o tempo de permanência no mercado, que muitas vezes não dá oportunidade para elas. Mesmo aquelas que têm qualificação. “Você já é considerado velho aos 40 anos, imagina com mais que isso. Essa reforma só vai dificultar a nossa vida”, avaliou um trabalhador da Açotécnica.

Pressão – As mudanças na Previdência apontadas pelo governo Temer não conversam com a realidade dos brasileiros. Por isso a organização é necessária. “A pauta da reforma da Previdência precisa ser prioritária. Precisa ser tema no futebol, nas reuniões de família, no almoço. Precisamos falar mais a respeito. Precisamos nos organizar para que uma reforma seja feita, mas não da forma que foi imposta. Ela tem que ser debatida”, ressaltou a diretora Gleides Sodré em assembleia na Forja Fix.

A diretora tem razão, porque para fazer o brasileiro trabalhar até os 70 anos ou mais, o governo tem que dar no mínimo condições para isso. Logo, mudanças importantes terão que ocorrer para minimizar efeitos colaterais, como o aumento do desemprego e nas doenças do trabalho. “Uma reforma tem que ter, desde que ela não seja abusiva. Como vamos trabalhar após os 65 anos, se nem hospitais decentes o governo oferece para gente. Sem saúde não somos nada”, observou um companheiro da Forja Fix.

Outro companheiro da Budai lembrou que “não tem estudo adequado para todos, não tem qualificação e não tem informação, a reforma deveria ser em outro lugar e não na Previdência”. Ele que tem 27 anos disse que a maioria dos jovens que mora na sua rua está desempregado. “Tem uns que nunca trabalharam, como será o futuro deles? Não vão se aposentar nunca”, destacou. 

Por isso que o diretor Geremias enfatizou a importância de pensar no coletivo. “Vamos ter de pensar em todos, homens, mulheres, jovens e idosos. É importante que todos se mantenham informados para que o retrocesso não seja ainda maior”, ressaltou Geremias ao convocar os trabalhadores para as demais lutas.

O diretor Marcos Roca reforçou: “Temos que mostrar nossa insatisfação”. Para isso, você pode participar do nosso mutirão de assembleias, destacar nas redes sociais que é contra a reforma da forma que está e ainda mandar e-mail para os deputados e os senadores, com a sua opinião sobre o tema. ]

Acesse aqui e saiba com quantos anos você vai se aposentar, caso a reforma da Previdência passe no Congresso da forma que está.

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