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CIF pode derrubar barreiras para inclusão de pessoas com deficiências

Por Mamuths | 01 fev 2018

O uso da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade e Saúde) permite identificar entre a população importantes barreiras à inclusão social, bem como no mercado de trabalho, das pessoas com deficiências e identificar instrumentos para possíveis ações. É o que mostrou o 9º Encontro Anual do Espaço da Cidadania, que aconteceu na quinta-feira, 24, no MPT (Ministério Público do Trabalho) de São Paulo.

Eduardo Santana de Araújo deu ricas informações que mostrou que a CIF pode mostrar mudanças nas condições das pessoas e transformar incapacidade em funcionalidade. “A CIF também pode dizer quais são as potencialidades da pessoa, ela também pode dizer num posto de trabalho quais potencialidades são necessárias para aquele posto de trabalho”, explicou Araújo, que procurou mostrar para os participantes do encontro que a inclusão para ser eficaz deve ser encarada como condição ideal de funcionalidade, independente da deficiência.

Araújo explicou que a CIF classifica a situação das funções e das estruturas do corpo, “começando pelas funções mentais, consciência, orientação, memória, atenção, passando pelas estruturas sensoriais”. Por isso, ele enfatizou que com ambas classificações –  CID (Classificação Internacional de Doenças), que classifica morbidade e mortalidade, e CIF, que classifica funcionalidade e incapacidade, –  a gente tem um diagnóstico da situação e saúde de uma população.”

Entenda mais – A CIF é formada por categorias e suas subdivisões. Abrange a funcionalidade como atividade e participação, ou seja, o que o ser humano pode fazer em diferentes situações ou sob a influência de diferentes ambientes, por exemplo. Aí que entra o grande diferencial da CIF para a inclusão de pessoas com deficiências.

Enquanto o uso da CID tem um importante papel epidemiológico. O uso da CIF permite obter dados mais específicos, tanto sobre a funcionalidade, como em relação ao ambiente de trabalho e ao desempenho das atividades relacionadas a ele.

CIF na Reabilitação profissional – Luciane Mourão de Oliveira, representou o INSS de São Paulo e trouxe para o Encontro informações sobre a reabilitação profissional. O serviço, prestado pelo Instituto, é direcionado aos trabalhadores acidentados ou aqueles que tenham alguma doença que os impedem de exercer a atividade laborativa atual, com o objetivo de reinseri-los numa função de acordo com sua situação no local de trabalho. “Temos utilizado os conceitos da CIF para que a gente possa melhorar cada vez mais o nosso serviço”, destacou.

Luciene explicou que no momento da avaliação para a reabilitação profissional de uma pessoa ainda não existe um protocolo especifico baseados nos domínios da CIF. “O nosso protocolo é estabelecido pela Previdência [Social], porém tenta estar em constante atualização com esse olhar da CIF. Então olhar a pessoa como um ser integral, da perda, da função, das estruturas, da forma como os fatores ambientais e sociais. Tudo isso tem que conter na nossa avaliação. Então nós já realizamos isso no programa de reabilitação profissional”, destacou.

O Encontro também abordou a participação e situação das pessoas com deficiência no mercado do trabalho. Bem como os problemas que a PEC 55, que congela os investimentos públicos por 20 anos, vai apresentar prejuízos também para os trabalhadores.

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