Os participantes do programa “Diálogos sobre a Empregabilidade da Pessoa com Deficiência” defenderam a necessidade de envolver mais atores pela qualidade na inclusão de pessoas com deficiências. O Encontro aconteceu na quarta-feira, 6, na SRTE-SP (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo).

Para dar voz a todos os presentes e enriquecer o debate, os organizadores desta edição pediram para que cada pessoa escrevesse num pequeno pedaço de papel uma palavra chave que representasse as dificuldades ou expectativas que tem em relação a inclusão de pessoas com deficiências. Em seguida, dividiram os participantes em cinco grupos, nos quais foram distribuídos os papeis com as palavras destacadas por cada um.

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A intenção era que cada grupo escolhesse uma daquelas palavras para, então, iniciar os debates. O resultado não poderia ter sido melhor. “O formato possibilitou que o aproveitamento do reportório de cada participante. Foi bem produtivo, foi uma troca de conhecimento”, avaliou o coordenador do Espaço da Cidadania, Carlos Aparício Clemente.

Como era de se esperar, cada grupo seguiu uma linha de raciocínio, até porque escolheram palavras diferentes para analisar, debater e formular um pequeno relatório que foi apresentado a todos os presentes. No entanto, todos os grupos mostraram a necessidade de envolver diversos atores, como representantes de universidades, de outras esferas da educação e da saúde.

A continuidade da fiscalização da Lei de Cotas foi outro ponto em destaque nas discussões, assim como inclusão com qualidade, com bases nos preceitos do trabalho decente. Foi exposto pela maioria dos grupos que ainda existem empresas que contratam pessoas com deficiências somente para cumprir a Lei e evitar a multa. Contratam e se esquecem de realizar ações como: acessibilidade no ambiente de trabalho, preparar os gestores e colegas de trabalho, incluir o trabalhador com deficiência no plano de carreira, tornar todas as vagas inclusivas, acompanhar o andamento do programa.

Também foi levantado por alguns a importância de derrubar mitos em torno da não contratação de trabalhadores com deficiências, e a regulamentação da Lei Brasileira de Inclusão, prevista para acontecer daqui 24 meses.

Os participantes também foram cumprimentados pelo superintendente estadual do Trabalho em São Paulo, Luiz Claudio Marcolino, que se colocou à disposição dos militantes pela inclusão.

Ao todo, representantes de mais de 40 empresas e entidades participaram do encontro, como SDTI – Osasco, Sesc-SP, Sonda, Sindicato dos Comerciários SP, Unifesp, AVAPE, Citibank. 

Inscreva-se para participar dos próximos encontros. Veja abaixo quando e onde eles acontecerão: