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Desemprego em alta até 2017

Por Auris Sousa | 13 out 2016

opiniao_barra_clemente-ganzA crise econômica continua afetando seriamente o mercado de trabalho. Em 2016, pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mais de 650 mil postos formais de trabalho foram fechados, e, 12 meses, terminados em agosto, quase 1,7 milhão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa de desemprego aberto é de 11,8% (12 milhões de desocupados). De acordo com o DIEESE, o desemprego (aberto e oculto) é muito desigual entre as regiões, variando de 10,7%, em Porto Alegre, a 25,7%, em Salvador.

Nessa época do ano, o mercado de trabalho deveria estar bombando, com oferta de emprego e perspectiva de aumento da massa salarial. O que acontece, no entanto, é que o ritmo de destruição de postos diminuiu, mas não parou. Tudo indica que o desemprego ainda crescerá em 2016 e 2017.

Se a economia der sinais de melhora, esses sinais serão, inicialmente, fracos. O que se observará, primeiro, é aumento de horas extras. Depois, os milhares de desempregados que desistiram da procura por trabalho, porque não acham um posto, deverão voltar a buscar emprego. O aumento da procura deverá seguir na frente da oferta de postos de trabalho, pressionando a taxa de desemprego.

Será preciso um longo período de crescimento, com geração de postos de trabalho, para promover a volta de um movimento consistente de redução das taxas de desemprego. Talvez em 2018.

Clemente Ganz Lúcio
Diretor Técnico do DIEESE e
membro do CDES
(Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social)

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18