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Contra fechamentos e a favor da educação, 48 escolas de São Paulo estão ocupadas

Por Rede Brasil Atual | 18 nov 2015

Levantamento divulgado nesta quarta-feira, 18, pelo Apeoesp (Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) informa que 48 escolas estaduais estão ocupadas por alunos e professores, em protesto contra a “reorganização” imposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende separar as escolas por ciclos e fechar ao menos 93 unidades.

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Escola ocupada na V. Sônia, São Paulo. Organização e manutenção dos prédios pelos alunos compõem a luta

Pela manhã, quatro escolas estaduais foram ocupadas, uma na região central da capital, duas na zona leste, e uma na zona norte de São Paulo. São elas: E.E. Caetano de Campos, na Consolação; E.E. Moacir Campos, em Aricanduva; E.E. Maria Regina Machado, na Vila Nova Curuca e E.E Joaquim Leme do Prado, no Imirim.

Na E.E. Moacir Campos, a ocupação, que começou ainda de madrugada foi denunciada como tentativa de assalto, o que acarretou em presença ostensiva da polícia PM. A direção também resiste à ocupação, que agora é mantida por cerca de 15 estudantes, que permanecem em área delimitada pela, em situação assemelhada à cárcere privado, segundo relatos da presidenta da União Brasileira dos Estudantes (Ubes), Camila Lanes, que falou à RBA. Ela e Angela Meyer, presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, que prestavam apoio à aos alunos, sofreram ameaças de detenção. Um professor e um militante foram detidos. Ao longo do dia, elas pretendem percorrer as novas escolas ocupadas e preveem que o número é ainda maior do que o balanço já divulgado.

César Lisboa, aluno do 2º ano do ensino médio e vice-presidente do grêmio da escola, conta que os policiais impedem tanto a entrada como a saída dos estudantes. “A nossa manifestação foi em solidariedade às demais escolas”. Segundo ele, a promessa inicial era de que a escola não sofreria com a reorganização, mas a unidade deve perder o turno noturno do ensino médio.

A ocupação recebe o apoio da comunidade. Bia Moreno, presidenta da Associação dos Moradores da região lembra que a escola E.E. Moacir Campos é tradicional no bairro. “A gente precisa da escola, é uma das melhores escolas.”

As E.E. Cohab Inácio Monteiro, na região de Cidade Tiradentes, e E.E. Pio Teles Peixoto, na zona oeste, que estavam ocupadas desde a última sexta-feira, 13, foram desocupadas ontem, por determinação judicial.

Os alunos protestam contra o fechamento anunciado de pelo menos 93 escolas e extinção da oferta de ensino médio no período noturno e EJA (ensino de jovens e adultos) em diversas unidades.

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Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18