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Coletivo apoia os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher

Por Auris Sousa | 10 dez 2013

No primeiro semestre deste ano, a Central de Atendimento à Mulher – o Disque 180 – teve 37.582 registros de violência contra mulher, segundo a SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres). Por isso que o Coletivo das Mulheres Sindmetal apoia os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que ocorre em 160 países desde o dia 25 de novembro.

De todas as violações de direitos humanos que afetam as mulheres no mundo, a violência contra as mulheres é um dos mais difundidos. Para amenizar este problema, o coletivo orienta que todos – mulheres e homens – atuem individual e coletivamente na defesa da Lei Maria da Penha.

Violência – Dos 37.582 relatos de violência, a física é a mais frequente, atingindo 20.760 ocorrências – 55,2% dentre os cinco tipos definidos pela Lei Maria da Penha. A violência psicológica teve 11.073 (29,5%); moral, 3.840 (10,2%); sexual, 646 (1,7%) e patrimonial, 696 (1,9%). Foram 304 cárceres privados e 263 casos de tráfico de pessoas.

Do total dos relatos identificados, no primeiro semestre de 2013, em 98,8% dos casos, as vítimas eram mulheres, e agredidas por homens, em 94%. Quase 60% tinham entre 20 e 39 anos, 62% não dependiam financeiramente do agressor e 82,7% eram mães – 64% de filhas e filhos presenciaram a violência e, em quase 19% dos registros, eles sofreram diretamente as agressões.

Veja pesquisa do Instituto Avon / Ipsos entre 31 de janeiro a 10 de fevereiro de 2011, em que 1,8 mil pessoas de cinco regiões brasileiras foram entrevistadas:

– Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.

– Desse total, 63% tomaram alguma atitude para ajudar a vítima (72% das mulheres e 51% dos homens), sendo que 44% conversaram com ela.

– Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência.

– 59% das mulheres e 48% dos homens não confiam na proteção jurídica e policial nos casos de violência doméstica. 52% dos entrevistados acham que juízes e policiais desqualificam o problema.

– Entre as principais razões para uma mulher continuar em uma relação violenta estão: para 27%, a falta de condições econômicas para se sustentar; para 20%, a falta de condições para criar os filhos; e para 15%, o medo de ser morta.

– 27% das mulheres entrevistadas declararam já ter sido vítimas de violência doméstica. Das que relataram ter sido agredidas, 15% disseram ter sido obrigadas a fazer sexo com os companheiros.

–  Apenas 15% dos homens entrevistados admitiram ter agredido alguma mulher. Destes, 38% alegaram ciúmes, 33%, problemas com bebidas, enquanto 12% admitiram que agrediu sem motivo.

– Reconhecimento da violência psicológica: 62% reconhecem como violência as agressões verbais, humilhação, falta de respeito, ciúmes e ameaças.

– 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem o conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18