A possível fusão dos ministérios do Trabalho com o da Previdência é um retrocesso. Essa é a opinião das centrais sindicais, que publicaram nota com seu posicionamento, diante dos rumores de que, na reforma ministerial a ser anunciada nos próximos dias, a presidenta Dilma Rousseff pretenderia reunir as duas pastas.

“A ideia da fusão já foi levantada antes, resultando, por força da realidade, no modelo atual, com dois Ministérios distintos. Os MTE [Ministério do Trabalho e Emprego] e o Ministério da Previdência são responsáveis por zelar de direitos inalienáveis dos trabalhadores, e o processo de fusão pode resultar em enormes danos a suas já combalidas estruturas administrativas”, afirmam as centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST e CSB.

Os representantes dos trabalhadores ainda reforçam que, diferentemente, o governo deveria valorizar o Ministério do Trabalho, “fortalecendo sua estrutura, que tem papel crucial na fiscalização, no cumprimento e aprimoramento das normas de trabalho e nas campanhas voltadas à igualdade de direitos e à diminuição de acidentes de trabalho, motivo pelo qual a fusão não trará benefícios, podendo dificultar a atuação dos dois órgãos ministeriais”.