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Assembleia marca 56 anos da greve de 68, luta que ecoa até hoje

Por Igor de Souza | 17 jul 2024

Na terça-feira, 16 de julho, os companheiros e companheiras da Cummins Meritor relembraram, em assembleia, a Greve de Osasco, que completou 56 anos nesta terça-feira, 16. A Cobrasma, local onde se iniciou a greve, ficava exatamente no mesmo local onde, hoje, funciona a Cummins.

A greve, que depois se alastrou para outras fábricas de Osasco e também teve a participação de estudantes da cidade, tornou-se um marco e a cidade reconhecida em todo país. Além disso, mostrou a resistência dos metalúrgicos de Osasco contra a ditadura e em prol dos direitos trabalhistas.

O presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho), relembrou das duas intervenções sofridas pelo Sindicato, durante a ditadura civil militar (em 1964 e 1968), e de quando, em 1967, a Chapa Verde, encabeçada por José Ibrahim, um dos líderes da Greve de 68, assumiu a direção do Sindicato. E destacou a repressão sofrida pelos trabalhadores.

“Osasco, em 1968, sofreu um duro golpe que foi repressão em várias fábricas, a demissão de mais de 2 mil trabalhadores. Hoje, a gente sabe que as empresas da região tinham listas com nomes de trabalhadores que eram encaminhadas para as empresas, então, eles não eram contratados, e outra em que era encaminhada para a polícia”, explicou.

Durante a assembleia, o diretor do Sindicato Edson Cogo destacou: “um povo sem história não é um povo, e nós temos história”.

O ex-trabalhador da Cobrasma, Roque Aparecido, que também era secretário da Comissão de Fábrica, fez questão de participar da assembleia e compartilhar o que viveu durante a ditadura:

“Este ato tem um significado muito grande para mim e para minha esposa. Vivi aquele momento intensamente. Enfrentamos a repressão, fui preso, vivi dez anos no exílio. Para nossa geração, isso é muito importante, é essencial para a luta dos trabalhadores, porque é fundamental conhecer a história para pensar o futuro. Sem o conhecimento da história não se tem base para construir o futuro, conhecer o passado é fundamental para projetar o futuro com bases sólidas. Construir uma pátria de liberdade, fraternidade e solidariedade, pela qual todos nós lutamos “, enfatizou.

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #13