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Para metalúrgicos, reformas impostas pelo governo são perversas

Por Mamuths | 01 fev 2018

Perversa e injusta. Foi assim que os metalúrgicos das fábricas de Embu das Artes e de Itapecerica da Serra avaliaram as reformas Trabalhista e da Previdência impostas pelo governo Temer. A avaliação foi feita nesta quarta-feira, 22, durante o mutirão de assembleia que percorreu as principais metalúrgicas das cidades.

A categoria foi unanime ao deixar claro que não tem negociação sobre as propostas anunciadas. “Para os trabalhadores não tem negociação. Para nós é nenhum direito a menos. Nós não queremos a reforma da Previdência da forma que está. Nós não queremos reforma trabalhista da forma que está. Se quer fazer reforma trabalhista, aprova a jornada de 40 horas semanais, sem redução de salários. Amplia a licença maternidade para 180 dias, para podermos alimentar os nossos filhos. É essa a reforma que queremos. É essa que nós defendemos”, ressaltou a diretora do Sindicato Mônica Veloso, em frente a fábrica da Albras.

O mesmo tom político foi usado nas portas de empresas como Stahl, SDMO e Dinatecnica. Ao longo dos protestos, a diretoria também contestou a conduta do governo, que não pensou nas peculiaridades de cada categoria, de homens, mulheres e regiões do país. “Nós temos o que apresentar. Nós sabemos o que queremos. Mas da forma que está, nós não vamos sentar, nós não vamos negociar. Vamos protestar e buscar os meios legais, inclusive, para barrar isso”, destacou Mônica.

Por isso que os companheiros reforçaram a luta contra as reformas. “Não é justo com a gente que nenhuma destas reformas sejam aprovadas. Por isso acho que o Sindicato tem que continuar a fazer assembleias como esta para mostrarmos que não estamos de acordo”, avaliou um trabalhador da Albras.

Um trabalhador da Blum que tem 47 anos, sendo 28 de contribuição, disse que teme ter que adiar seus planos de usufruir da sua tão desejada aposentadoria. “É um absurdo. Sinto-me como se estivessem puxando meu tapete”, enfatizou.

Por isso que o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, orientou os trabalhadores a protestar e também pressionar os deputados e senadores a votarem contra as reformas. Para isso informou que tem disponibilizado no site e jornal do Sindicato os contatos dos parlamentares. “É preciso que todos os trabalhadores engrossem a luta contra as reformas, para que a gente tenha o menos ruim possível. O governo tem 88% de apoio do Congresso Nacional, então ele aprova o que ele quiser. Por isso que você precisa pressionar os deputados, os senadores”, explicou Jorge Nazareno.

Ato – Nesta quinta-feira, 23, o ato ganha força e chega às empresas de Taboão Serra. “A responsabilidade é de todos. “É momento de unirmos forças para enfrentarmos mais estas ameaças contra os nossos direitos, por isso que amanhã faremos mais protestos em frente às fábricas de Taboão da Serra”, destacou Jorge.

 

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