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Reafirmar a defesa da democracia

Por Auris Sousa | 01 abr 2014

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Passados 50 anos do golpe militar, na semana passada fomos confrontados com um torturador do regime militar dizer: “Matei tantas pessoas quanto foram necessárias”. A declaração é do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, ao ser questionado sobre quantas pessoas havia matado na Casa da Morte, em Petrópolis, e foi dada em depoimento em audiência da Comissão da Verdade.

Estampa a frieza e falta de preocupação com qualquer possibilidade de punição porque, como o próprio torturador declarou no depoimento, para eles, aquelas pessoas eram terroristas, e a tortura era um método para arrancar a “verdade”.

Sem dúvidas, esse não é o país que queremos. Por isso, nosso mais veemente repúdio a qualquer forma de autoritarismo, a toda a história de repressão a organização social, às liberdades, que o golpe de 64 representou.

Mas, há muito por ser investigado, punido e reparado. Além do que, as marcas da ditadura permanecem como feridas expostas em nossa história, sendo traço preponderante em muitas de nossas instituições.

Passados 50 anos, dom todas as dificuldades inerentes ao processo democrático, nosso país é hoje bastante diferente. O país que já teve um operário presidente e que é pela primeira vez comandado por uma mulher, sem dúvidas, tem amadurecido muito e vai amadurecer mais à medida que a participação popular em suas instituições se aprofundar.

Por isso, estes 50 anos devem servir como marco para reafirmar nossa força em defesa da democracia, um valor, um direito, uma garantia que nunca mais podemos permitir que nos seja subtraído.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11