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EDIÇÃO # 14
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45 milhões vão às ruas contra a reforma da Previdência

Por Auris Sousa | 18 jun 2019

O dia 14 de junho de 2019 entrou para a história da luta dos trabalhadores. Nada menos que 45 milhões de pessoas aderiram à Greve Geral chamada pelas centrais sindicais para dizer “não” a reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Em todas as capitais e em mais de 300 cidades houve protestos.

Na região de Osasco, os metalúrgicos se uniram aos comerciários, bancários, gráficos, químicos e trabalhadores sem teto e pararam total ou parcialmente os respectivos setores. Metalúrgicos de empresas como Spaal, Dinatécnica, Belgo, Cimaf, Rossini, Meritor fortaleceram o protesto.

Passeata reuniu metalúrgicos e outras categorias e percorreu principais ruas de Osasco mostrando o repúdio dos trabalhadores a proposta de reforma da Previdência

Além disso, uma passeata reuniu os trabalhadores, que partiram do Largo de Osasco, passando pela rua Antônio Agú, Av. dos Autonomistas e Av. Dona Primitiva Vianco. O movimento contou com apoio popular. “Acho ótimo porque a situação em que o país se encontra, com miséria, corrupção e desemprego, tem de ir para a rua mesmo. Estou desempregada há 3 anos”, avaliou Greice Hane Ramos da Costa.

Já Luciana Rodrigues, desempregada há sete meses, analisava que vai ser impossível ela se aposentar, se esta proposta de reforma passar no Congresso. “Como estou desempregada, não sei se vou conseguir me aposentar”. Isso porque a proposta aumenta o tempo de contribuição para no mínimo 20 anos, para receber parte do benefício, e para 40 anos para receber o total a que o trabalhador tem direito. E ainda tem de chegar à idade mínima, que é de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens. Em todos os casos, a nova fórmula de cálculo reduz o valor dos benefícios.

Brasil – Na avaliação das centrais sindicais, o movimento histórico cumpriu o objetivo “de alertar a sociedade e o Congresso Nacional sobre a nefasta proposta do governo de reforma da Previdência”, avaliou a Força Sindical. Esta é mais uma etapa da jornada de lutas dos trabalhadores. “Vamos continuar nossa luta contra a proposta do governo de reforma da Previdência, por mais empregos e mais investimentos em educação”, afirmou a central em nota.