FIQUE SÓCIO!

EDIÇÃO # 37
COMPARTILHAR

Nova configuração do Congresso impõe mais desafios às lutas dos trabalhadores

Por Cristiane Alves | 23 out 2018

A renovação do Congresso Nacional não significa vida fácil para os trabalhadores e para todos os movimentos que lutam pelo respeito aos direitos humanos. É o que mostra o levantamento feito pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

Ao contrário do que se possa pensar, nem sempre “novo” quer dizer inédito e, muito menos, algo bom. Dentre as 513 vagas da Câmara, 372 serão ocupadas nos próximos quatro anos por deputados que já exerceram mandato ou função pública, 269 deles vão exercer seu primeiro mandato. Mesmo quem saiu pode ter deixado no lugar um parente, já que 141 dos estreantes têm relação de parentesco com políticos tradicionais.

Na próxima legislatura, que começa em 1º de fevereiro de 2019, a “bancada da bala” terá aumento de 35 para 60 deputados. Reforço proveniente principalmente do aumento dos eleitos pelo PSL, que terá 50 deputados. Será a segunda maior bancada na Câmara, ficando atrás só do PT, que elegeu 56 deputados.

Já a bancada sindical, composta por representantes que defendem os direitos dos trabalhadores, terá 18 representantes a menos. Serão 33 deputados com este perfil.

No Senado, das 46 das 54 vagas em disputa foram preenchidas por novos candidatos. Pelo menos 40 nunca foram senadores.

O quadro deixa claro quais serão nossas condições se uma reforma da Previdência que retire direitos, por exemplo, for colocada em votação. E reforça, de um lado, a importância de, neste domingo, 28, elegermos um candidato que esteja comprometido com a defesa dos nossos direitos. De outro, mostra que será preciso fortalecer a organização e a luta nas ruas para derrotar os ataques. Caso contrário, vai ter mais massacre a direitos.