Queremos uma política industrial que atenda às necessidades da população. Para isso, precisamos discutir esta questão sob a ótica dos trabalhadores e, claro, com a responsabilidade que o tema merece.

Primeiramente, é sempre bom destacar que ninguém é contra o avanço tecnológico. Ele vai acontecer de qualquer modo, então que seja de forma respeitosa com todos os envolvidos. Em reunião na Força Sindical, dirigentes de diversas regiões destacaram a importância deste diálogo por uma indústria forte, com manutenção e ampliação de empregos. Precisamos, então, discutir uma transição justa. Não podemos permitir que funções se acabem no meio dos avanços.

Osasco, é um importante exemplo disso. Hoje conhecida como a cidade do cachorro quente, já foi palco das maiores indústrias do Brasil. A Cobrasma, fabricante de trens, era uma delas. Empregava milhares de trabalhadores. A falta de uma política forte, pensada na indústria nacional, a fez fechar as portas. E, hoje, estamos importando trem de fora do país.

Então, discutir política industrial, é pensar em todas possibilidades. Precisamos cobrar do governo federal que esta discussão também aconteça com o movimento sindical. O objetivo, claro, é garantir os empregos e a qualidade de vida da população.

Sendo assim, precisamos discutir não só a política industrial, mas os desdobramentos dela e da reindustrialização. Para isso, vamos organizar com outras entidades, Central, Federação e Confederações seminários para discutirmos estes assuntos.

Vamos juntos participar da luta pelo desenvolvimento dos mais diversos ramos da indústria, da garantia do fortalecimento produtivo, do meio ambiente, da geração e ampliação de empregos.